segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Todos somos filhos e filhas de Deus, entendeu?




Aqui finalizo a crítica sobre a teoria do demônio, mostrando o posicionamento espírita. De tão simples parece ser ridículo. Mas, as melhores respostas são as que precisam de menos artifícios para explicar um fenômeno. Aliás, a melhor das respostas é a que faz mais homens de bem. 

Deus é uno, criou o universo e tudo o que o move, todos que nele habitam. Da sua perfeição infinita, nada de imperfeito pode sair. Da sua bondade, nada de mau. Não existe um ente devotado a perverter os homens. A liberdade é a única que provoca desvios do caminho. Cada Espírito, atingido o grau de poder escolher, é responsável pelo seu próprio desvio. 

Somos influenciados por tudo na vida. Mínimas coisas, não necessariamente pessoas, nos estimulam aos mais diversos atos. Então, devemos parar de culpar A ou B pelo o que acontece conosco. Estamos com as rédeas nas mãos. Quanto mais senhores de nós mesmos, mais donos da nossa condução. Quando provamos o contrário, isto é, que a nossa direção é perigosa, ora Espíritos bons nos tomam as rédeas, ora nos deixam cair. 

Essa história de seres devotados ao mal é uma ilusão... deles! Um dia acordarão das trevas em que chafurdam e seguirão o caminho de todos os sábios: o do encontro com Deus. Mas, a vida cósmica é realmente um grande ecossistema. Uns sobre os outros agem e reagem. Pronto, é isso! Ação vai, ação vem. De tal forma que esse sistema vai entrando em equilíbrios múltiplos e progressivos rumo ao Pai. Quando isso vai se dar, Jesus o sabe! Os elementos que não acompanham a carruagem, são descalonados para outros sistemas em estágios inferiores de equilíbrio. A discrepância entre o que se estava acostumado de bom e a brutalidade, haja vista, rigidez e pouca criatividade da nova condição, é uma dura prova, dói, incomoda. Mas, passa. Tudo passa e prossegue rumo ao Autor de todas as coisas. 

Há quem diga que só podemos ser considerados filhos de Deus quando aceitarmos as Suas condições de existência, o que vale dizer, curvarmo-nos diante das Suas leis, melhor dizendo, dançarmos segundo a Sua condução. Até lá somos meras criaturas. Isso é uma visão mesquinha que só tem sentido olhando do lado de quem se humilha, de quem não entende o lado do Amor. A parábola do filho pródigo é pródiga na descrição do Amor do Pai. Desde quando ele considerou aquele que pediu a própria herança e a esbanjou como filho? Desde sempre! Desde o início! Desde mesmo ele nem ter nascido! Quem já teve um filho sabe o que digo. Eu ainda nem o tenho em meus braços e sinto essa verdade.

Pois bem, preenchendo as reticências que deixei na postagem anterior temos que para os filósofos gregos, particularmente os socráticos, vencer o mal é uma questão de superar uma ilusão através do conhecimento das coisas. Para a ortodoxia cristã, é um escolher a Cristo e rejeitar o resto - essa escolha é colocada a prova a cada segundo, pelo tal Demônio, Satanás, etc. Para o espírita, não deixa de ser a busca do conhecimento, mas sempre em meio ao trabalho, nem deixa de ser a busca do Cristo, mas sem esquecer que os maiores desafios que nos afastam do Mestre não estão fora. Definitivamente, não estão. 

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