Com essa pergunta Kardec inicia O Livro dos Médiuns, e sobre ela comento um pouco junto aos queridos amigos do Centro Espírita Irmão Leite.
Tento mostrar a importância dessa pergunta como alicerce da doutrina Espírita e no contexto da revolução científica em que se estava imerso àquela época. Por cima, mostro a evolução da análise de Kardec da fenomenologia espírita e sua formação de hipóteses com a conseqüente construção das teorias que hoje abraçamos. Quase no final, cito alguns episódios bíblicos que apontam mediunidade entre os hebreus e a vivenciada por Jesus.
Ao final - eis onde quero chegar - bem ao final, eu começo a formular pela primeira vez uma teoria minha sobre COMO O AMOR FAZ COM QUE SE RECONHEÇA A EXISTÊNCIA DAS PESSOAS, E COMO O CONTRÁRIO AS TORNA VERDADEIRAMENTE INVISÍVEIS. Contudo, como era uma elaboração inédita de uma tese difícil de explicar, acho que me embaralhei um pouco, e o cérebro cansado de tanto raciocínio me traiu.
A tese é a seguinte: independente de vivos ou mortos, seres humanos ou de diferentes espécies, o outro só se torna um existente para mim quando eu passo a amá-lo. Só assumimos, de fato, a radical verdade de sua existência quando se ama o outro. Mil vezes minha esposa passou por mim na vida, e pouco reservei no espírito um espaço para que ela o ocupasse, mas quando passei a amá-la... não sei como hoje posso viver sem ela. Falo de minha esposa, com quem tenho um filho lindo, mas vale também para outros amores: o amigo que ontem era apenas um cabeludo qualquer. Quando amarmos verdadeiramente, por exemplo, de forma franciscana, tudo ao nosso redor importará e existirá com muito mais intensidade.
Bem, fica o começo da tese, sem tanta elaboração para ser pensada. Deixo vocês com o áudio da palestra gentil e carinhosamente escutada pelos freqüentadores do Centro Espírita Irmão Leite e, espero, por você.
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