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segunda-feira, 10 de julho de 2017

Retira-me de mim

Ó, Pai! Retira de mim esta resistência em ser bom. Com ela, leva os pensamentos que não são meus, mas que acolho como se fossem. Com eles, leva os gestos invasores, que deixo que encarnem com naturalidade. 

Clareia, ó, Pai, os pensamentos, onde a sombra é quase tudo. Dissipa a névoa que me impede de ver a vida com alegria, já que a tristeza parece imperatriz. Destrói este meu mundo que se ergueu ao redor da ilusão. Esclarece, de uma vez por todas, se há alguma coisa além dos fantasmas dos sentidos.

Quebra, se preciso for, o copo que bebo, sangue derramado à terra, estilhaços pelo mundo. Da água me faz novo, de novo, e que o sangue, refeito em vinho, possa purificar-me as veias. Amém!  

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