sábado, 1 de agosto de 2015

Naruto e o Espiritismo: Sobre as ovelhas negras



Bem que me alertaram para não demonizar tanto assim o Gaara.

Esse menino, inimigo quase de todos, que tinha como lema "amar apenas a si mesmo" e "preciso matar para me sentir vivo", ao final de uma grande batalha contra Naruto, revela que assumiu aquele comportamento destrutivo, reagindo ao seu próprio povo que o queria destruir. Assim como Naruto, ele escondia dentro de si um demônio que, nas situações de perigo, o protegia para lhe manter vivo, seu hospedeiro.

Abstração feita de todo o contexto de lutas sangrentas, bem no estilo das histórias de samurai, podemos ver o mesmo desfecho de todos os grandes casos de pessoas na nossa família que demos para chamar de obsediados em Gaara. A sua história era marcada pela perseguição daqueles que queriam vê-lo extinto da existência, por considerá-lo perigoso. O amor que poderia curar a sua ferida no coração nunca lhe foi endereçado por mais ninguém depois da morte de sua mãe.

Gaara era mau? Não foi essa a questão que dominou Naruto ao se deparar na batalha final com ele. Mas sim, eu poderia ter virado Gaara se não tivesse tido amigos que se sacrificaram por mim em vez de quererem me sacrificar? Foi assim que Naruto encontrou mais força na motivação do amor que Gaara conseguiu encontrar na do ódio. 

Pode prestar atenção: em qualquer romance espírita, a solução não é a punição do mal, mas a conversão de nosso olhar em compreensão de todo o mal que se passou, bem como o acolhimento dele dentro de nós. O amor cobre a multidão de pecados. 

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