sábado, 19 de julho de 2014

Está escrito na carne

Falei com uma amiga que é mãe de uma menina linda. Contou-me a experiência de ter se sentido um lixo em sua crisma, quando o catequista começou a falar sobre o pecado das mães solteiras. Ela estava entre elas. 

Não sei se há versículos de maldição para este caso no livro sagrado. Só sei que não há mais sagrado do que o sorriso de uma criança linda, saudável, perfeita. O que há é o real. O real é o sagrado. Se Deus existir, como acredito que exista mesmo, é nisso que Ele se manifesta. 

Quando vejo filhos vivos, penso que Deus abençoou aquela família. É que tive a experiência de ter um querido embriãozinho morto em nosso ventre. Pensei, então, Deus nos amaldiçoou. Foi um pensamento infeliz. Para o Espiritismo não há maldição. Mas, há os motivos escondido nos tempos das vidas passadas que justificam nossa tristeza atual. Estava triste. Não demorou muito para o Pai nos abençoar com uma criança vivaz, das mais belas que nossos olhos poderiam captar. Ela está aqui. Deus está!

Acredito que, contra o pecado das mães solteiras (meu Deus! ainda encontramos essa fala hoje, eu não precisava escrever sobre isso), o pensamento sempre deveria partir do fato de ela ser mãe e não solteira. Se Deus permitiu o desenvolvimento desse ser, passando pelos múltiplos desafios que a organização da carne impõe, é que não foi pecado, foi amor. Tudo, por todos os lados, entre os pais, entre mãe e filho, do Eterno para com o infinito, do mundo para com o local.

"Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou." Essa frase resume tudo. E adivinha de quem é?!

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